Catecismo da Igreja Católica

ÍNDICE ANALÍTICO

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I.55 INVOCAÇÃO

I.55.1 Invocação a Cristo

§2665 A oração a Jesus A oração da Igreja, alimentada pela Palavra de Deus, e a celebração da Liturgia nos ensinam a orar ao Senhor Jesus. Ainda que seja dirigida sobretudo ao Pai, ela inclui, em todas as tradições litúrgicas, formas de oração dirigidas a Cristo. Certos Salmos, conforme sua atualização na Oração da Igreja, e o Novo Testamento põem em nossos lábios e gravam em nossos corações as invocações desta oração a Cristo: Filho de Deus, Verbo de Deus, Senhor, Salvador, Cordeiro de Deus, Rei, Filho bem-amado, Filho da Virgem, Bom Pastor, nossa Vida, nossa Luz, nossa Esperança, nossa Ressurreição, Amigo dos homens...

§2667 Esta invocação de fé muito simples foi desenvolvida na tradição da oração em várias formas no Oriente e no Ocidente. A formulação mais comum, transmitida pelos monges do Sinai, da Síria e do monte Athos é a invocação: "Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de nós, pecadores!" Esta associa o hino cristológico de (Fl 2,6-11 com o pedido do publicano e dos mendigos da luz. Por ela, o coração se põe em consonância com a miséria dos homens e com a Misericórdia de seu Salvador.

§2668 A invocação do santo nome de Jesus é o caminho mais simples oração contínua. Muitas vezes repetida por um coração humildemente atento, ela não se dispersa numa torrente de palavras (Mc 6,7), mas "conserva a Palavra e produz fruto pela perseverança.

É possível "em todo tempo", pois não é uma ocupação ao lado de outra, mas a única ocupação, a de amar a Deus, que anima e transfigura toda ação em Cristo Jesus.

I.55.2 Invocação a Deus

§431 Na História da Salvação, Deus não se contentou em libertar Israel da "casa da escravidão" (Dt 5,6), fazendo-o sair do Egito. Salva-o também de seu pecado. Por ser o pecado sempre uma ofensa feita a Deus, só ele pode perdoá-lo. Por isso Israel, tomando consciência cada vez mais clara da universalidade do pecado, não poder mais procurar a salvação a não ser na invocação do Nome do Deus Redentor.

§1105 A epiclese ("invocação sobre") é a intercessão na qual o sacerdote suplica ao Pai que envie o Espírito Santificador para que as oferendas se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo, e para que ao recebê-los os fiéis se tomem eles mesmos uma oferenda viva a Deus.

§2154 Seguindo S. Paulo, a Tradição da Igreja entendeu que as palavras de Jesus não se opõem ao juramento quando é feito por uma causa grave e justa (por exemplo, perante um tribunal). "O juramento, isto é, a invocação do nome de Deus com testemunha da verdade, não se pode fazer, a não ser na verdade, no discernimento e na justiça."

§2807 Santificado seja vosso Nome O termo "santificar" deve ser entendido aqui não primeiramente em seu sentido causativo (só Deus santifica, torna santo), mas sobretudo num sentido estimativo: reconhecer como santo, tratar de maneira santa. E assim que, na adoração, esta invocação é às vezes compreendida como um louvor e uma ação de graças. Mas este pedido, um nos é ensinado por Jesus como um optativo: um pedido, um desejo e uma espera em que Deus e o homem estão empenhados. Desde o primeiro pedido a nosso Pai, somos mergulhados no mistério íntimo de sua Divindade e no evento da salvação de nossa humanidade. Pedir-lhe que seu nome seja santificado nos envolve na "decisão prévia que lhe aprouve tomar" (Ef 1,9) para "ser santos e irrepreensíveis diante dele no amor" (Ef 1,4).

I.55.3 Invocação à Trindade

§1278 O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo

I.55.4 Invocação ao Espirito Santo

§1333 A Eucaristia na economia da salvação OS SINAIS DO PÃO E DO VINHO Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa, o que ele fez na véspera de sua paixão: "Tomou o pão..." "Tomou o cálice cheio de vinho..." Ao se tomarem misteriosamente o Corpo e o Sangue de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Assim, no ofertório damos graças ao Criador pelo pão e pelo vinho, fruto "do trabalho do homem", mas antes "fruto da terra" e "da videira", dons do Criador. A Igreja vê neste gesto de Melquisedec, rei e sacerdote, que "trouxe pão e vinho" (Gn 14,18), uma prefiguração de sua própria oferta.

I.55.5 Invocação aos poderes ocultos

§2117 Todas as práticas de magia ou de feitiçaria com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo - mesmo que seja para proporcionar a este a saúde - são gravemente contrárias à virtude da religião. Essas práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas de uma intenção de prejudicar a outrem, ou quando recorrem ou não à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica freqüentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo. O recurso aos assim chamados remédios tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes maléficos nem a exploração da credulidade alheia.

 

Mãe e Virgem de Guadalupe interceda por nós, vigie-nos com os seus olhos maternos