Catecismo da Igreja Católica

ÍNDICE ANALÍTICO

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I.7 IGREJA

I.7.6 Igreja missionária

§849 O mandato missionário. "Enviada por Deus às nações para ser 'o sacramento universal da salvação', a Igreja, em virtude das exigências intimas de sua própria catolicidade e obedecendo à ordem de seu fundador, esforça-se para anunciar o Evangelho a todos os homens. "Ide, portanto, e fazei que todos os povos se tomem discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28,19-20).

§850 A origem e o escopo da missão. O mandato missionário Senhor tem sua fonte última no amor eterno da Santíssima Trindade: "A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária. Pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai". E o fim último da missão não é outro senão fazer os homens participarem da comunhão que existe entre o Pai e o Filho em seu Espírito de amor.

§851 O motivo da missão. É do amor de Deus por todos os homens que a Igreja sempre tirou a obrigação e a força de seu clã missionário: "Pois o amor de Cristo nos impele..." (2Cor 5,14). Com efeito, "Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro de seu anseio, levando-lhes a mesma verdade. Ela tem de ser missionaria porque crê no projeto universal de salvação.

§852 Os caminhos da missão. "O Espírito Santo é o protagonista de toda a missão eclesial." É ele quem conduz a Igreja pelos caminhos da missão. "Esta missão, no decurso da história, continua e desdobra a missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis por que a Igreja, impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é, o caminhos da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a, morte, da qual Ele saiu vencedor por sua Ressurreição." É assim que "o sangue dos mártires é uma semente de cristãos".

§853 Mas em sua peregrinação "não ignora a Igreja o quanto se distanciam entre si a mensagem que ela profere e a fraqueza humana daqueles aos quais o Evangelho foi confiado". Somente avançando pelo caminho "da penitência e da renovação" e "pela porta estreita da Cruz" o Povo de Deus pode estender o Reino de Cristo. Com efeito, "assim como Cristo consumou a obra da redenção na pobreza e na perseguição, assim a Igreja é chamada a seguir o mesmo caminho, a fim de comunicar aos homens os frutos da salvação"

§854 Por sua própria missão, "a Igreja caminha com a humanidade inteira. Experimenta com o mundo a mesma sorte terrena; é como o fermento e a alma da sociedade humana a ser renovada em Cristo e transformada na família de Deus". O esforço missionário exige, pois, a paciência. Começa pelo anúncio do Evangelho aos povos e aos grupos que ainda não crêem em Cristo; prossegue no estabelecimento de comunidades cristãs que sejam "sinais da presença de Deus no mundo" e na fundação de Igrejas locais; encaminha um processo de inculturação para encarnar o Evangelho nas culturas dos povos; e não deixará de conhecer também fracassos. "Quanto aos homens, sociedades e povos, apenas gradualmente os atinge e penetra, e assim os assume na plenitude católica."

§855 A missão da Igreja exige o esforço rumo à unidade dos cristãos. Efetivamente, "as divisões entre cristãos impedem a Igreja de realizar a plenitude da catolicidade que lhe é própria naqueles filhos que, embora lhe pertençam pelo batismo, estão separados da plena comunhão com ela. Não só isso, mas também para a própria Igreja se torna tanto mais difícil exprimir, na realidade de sua plena catolicidade sob todos os aspectos"

§856 A tarefa missionária implica um diálogo respeitoso com os que ainda não aceitam o Evangelho. Os fiéis podem tirar proveito para si mesmos deste diálogo, aprendendo a conhecer melhor "tudo quanto de verdade e de graça já se achava entre as nações, numa como que secreta presença de Deus". Se anunciam a Boa Nova aos que a desconhecem, é para consolidar, completar e elevar a verdade e o bem que Deus difundiu entre os homens e os povos e para purificá-los do erro e do mal, "para a glória de Deus, a confusão do demônio e a felicidade do homem''.

 

 

Mãe e Virgem de Guadalupe interceda por nós, vigie-nos com os seus olhos maternos