Catecismo da Igreja Católica

 

ÍNDICE ANALÍTICO

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 C.49 COMUNICAÇÃO

C.49.1 Comunicação da bondade de Deus

§294 A glória de Deus consiste em que se realize esta manifesta o e esta comunicação de sua bondade em vista das quais o mundo foi criado. Fazer de nós "filhos adotivos por Jesus Cristo: conforme o beneplácito de sua vontade para louvor à glória da sua graça" (Ef 1,5-6): "Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus: se já a revelação de Deus por meio da criação proporcionou a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida àqueles que vêem a Deus". O fim último da criação é que Deus, "Criador do universo, tornar-se-á "tudo em todas as coisas' (1Cor 15,28), procurando, ao mesmo tempo, a sua glória e a nossa felicidade".

§947 "Uma vez que todos os crentes formam um só corpo, o bem de uns é comunicado aos outros... Assim, é preciso crer que existe uma comunhão dos bens na Igreja. Mas o membro mais importante é Cristo, por ser a Cabeça... Assim, o bem de Cristo é comunicado a todos os membros, e essa comunicação se faz por meio dos sacramentos da Igreja." Como esta Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bem que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum.

C.49.2 Comunicação da salvação

§1088 "Para levar a efeito tão grande obra" a saber, a dispensação ou comunicação de sua obra de salvação" Cristo está sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas ações litúrgicas. Presente está no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as espécies eucarísticas. Presente está por sua força nos sacramentos, a tal ponto que, quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza. Presente está por sua palavra, pois é ele mesmo quem fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente está, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que prometeu: 'Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles' (Mt 18,20)."

C.49.3 Comunicação dos bens espirituais

§955 A união dos que estão na terra com os irmãos que descansam na paz de Cristo de maneira alguma se interrompe; pelo contrário, segundo a fé perene da Igreja, vê-se fortalecida pela comunicação dos bens espirituais."

C.49.4 Comunicação entre a Igreja católica e as Igrejas orientais

§1399 As Igrejas orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja católica celebram a Eucaristia com um grande amor. "Essas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos - principalmente, em virtude da sucessão apostólica, o sacerdócio e a Eucaristia -, que as unem intimamente a nós." Por isso certa comunhão in sacris na Eucaristia é "não somente possível, mas até aconselhável, em circunstâncias favoráveis e com a aprovação da autoridade eclesiástica".

C.49.5 Comunicação sacramental do mistério de Cristo

§947 "Uma vez que todos os crentes formam um só corpo, o bem de uns é comunicado aos outros... Assim, é preciso crer que existe uma comunhão dos bens na Igreja. Mas o membro mais importante é Cristo, por ser a Cabeça... Assim, o bem de Cristo é comunicado a todos os membros, e essa comunicação se faz por meio dos sacramentos da Igreja." Como esta Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bem que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum.

§1076 No dia de Pentecostes, pela efusão do Espírito Santo, a Igreja é manifestada ao mundo. O dom do Espírito inaugura um tempo novo na "dispensação do mistério": o tempo da Igreja, durante o qual Cristo manifesta, toma presente e comunica sua obra de salvação pela liturgia de sua Igreja, "até que ele venha" (1 Cor 11,26). Durante este tempo da Igreja, Cristo vive e age em sua Igreja e com ela de forma nova, própria deste tempo novo. Age pelos sacramentos; é isto que a Tradição comum do Oriente e do Ocidente chama de "economia sacramental"; esta consiste na comunicação (ou "dispensação") dos frutos do Mistério Pascal de Cristo na celebração da liturgia "sacramental" da Igreja. Por isso, importa ilustrar primeiro esta "dispensação sacramental" (Capítulo I). Assim aparecerão com mais clareza a natureza e os aspectos essenciais da celebração litúrgica (Capítulo II.).

§1092 Nesta comunicação sacramental do mistério de Cristo, o Espírito age da mesma forma que nos outros tempos da economia da salvação: prepara a Igreja para encontrar seu Senhor, recorda e manifesta Cristo à fé da assembléia, torna presente e atualiza o mistério de Cristo por seu poder transformador e, finalmente, como Espírito de comunhão, une a Igreja à vida e à missão de Cristo.

C.49.6 Meios de comunicação social conforme Mídia

§906 Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social.

§2492 Cada um deve manter a justa reserva acerca da vida privada das pessoas. Os responsáveis pela comunicação devem manter uma justa proporção entre as exigências do bem comum e o respeito dos direitos particulares. A ingerência da informação na vida privada de pessoas comprometidas numa atividade política ou pública é condenável na medida em que ela viola sua intimidade e liberdade.

§2493 Na sociedade moderna, os meios de comunicação social exercem um papel primordial na informação, na promoção cultural e na formação. O papel cresce em razão dos avanços técnicos, com a amplitude e a diversidade das notícias transmitidas, com a influência exercida sobre a opinião pública.

§2494 A informação dos meios de comunicação social está a serviço do bem comum. A sociedade tem direito a uma informação fundada sobre a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade:

O correto exercício desse direito exige que a comunicação seja, quanto ao objeto, sempre verídica e completa, dentro do respeito às exigências da justiça e da caridade; que ela seja, quanto ao modo, honesta e conveniente, quer dizer, que na aquisição e difusão das notícias observe absolutamente as leis morais, os direitos e a dignidade do homem.

§2495 "É indispensável que todos os membros da sociedade cumpram também neste particular os deveres de justiça e verdade. Hão de empregar os meios de comunicação social a fim de cooperar para a formação e a difusão da reta opinião pública." A solidariedade aparece como conseqüência de uma comunicação verdadeira e justa e da livre circulação das idéias que favoreçam o conhecimento e o respeito aos outros.

§2496 Os meios de comunicação social (especialmente a mídia) podem gerar certa passividade entre os usuários, tornando-os consumidores pouco criteriosos a respeito das mensagens e dos espetáculos, Os usuários hão de se impor moderação e disciplina quanto à mídia. Hão de formar em si uma consciência esclarecida e correta, para resistir mais facilmente às influências menos honestas.

C.49.7 Paz e comunicação entre os homens

§2304 O respeito e o desenvolvimento da vida humana exigem a paz. A paz não é somente ausência de guerra e não se limita a garantir o equilíbrio das forças adversas. A paz não pode ser obtida na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, sem a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos, a prática assídua da fraternidade. E a "tranqüilidade da ordem", "obra da justiça" (Is 32,17) e efeito da caridade.

C.49.8 Verdade e comunicação

§1886 A sociedade é indispensável à realização da vocação humana. Para alcançar este objetivo, é necessário que seja respeitada a justa hierarquia dos valores que "subordina as necessidades materiais e instintivas às interiores e espirituais.

A convivência humana deve ser considerada como realidade eminentemente espiritual, intercomunicação de conhecimentos à luz da verdade, exercício de direitos e cumprimentos de deveres, incentivo e apelo aos bens morais, gozo comum do belo em todas as suas legítimas expressões, disponibilidade permanente para comunicar a outrem o melhor de si mesmo e aspiração comum a um constante enriquecimento espiritual. Tais são os valores que devem animar e orientar a atividade cultural, a vida econômica, a organização social, os movimentos e os regimes políticos, a legislação e todas as outras expressões da vida social em contínua evolução.

§2488 O direito à comunicação da verdade não é incondicional. Cada um deve conformar sua vida com o preceito evangélico do amor fraterno. Este requer, nas situações concretas, que se avalie se é conveniente ou não revelar a verdade àquele que a pede.

§2489 A caridade e o respeito à verdade devem ditar a resposta a todo pedido de informação ou de comunicação. O bem e a segurança do outro, o respeito à vida privada, o bem comum são razões suficientes para se calar aquilo que não deve ser conhecido ou para se usar uma linguagem discreta. O dever de evitar o escândalo impõe muitas vezes uma estrita discrição. Ninguém é obrigado a revelar a verdade a quem não tem o direito de conhecê-la.

§2495 "É indispensável que todos os membros da sociedade cumpram também neste particular os deveres de justiça e verdade. Hão de empregar os meios de comunicação social a fim de cooperar para a formação e a difusão da reta opinião pública." A solidariedade aparece como conseqüência de uma comunicação verdadeira e justa e da livre circulação das idéias que favoreçam o conhecimento e o respeito aos outros.

§2512 A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. É conveniente que se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social.

 

Mãe e Virgem de Guadalupe interceda por nós, vigie-nos com os seus olhos maternos


Jesus Misericordioso, em terminando este trabalho, coloco-o em suas mãos para a sua glorificação, e todo o meu ser à sua disposição!