Catecismo da Igreja Católica
ÍNDICE ANALÍTICO
C.75 CONVERSÃO
C.75.1 Antiga Lei e conversão
§1963 Segundo tradição cristã, a lei santa, espiritual e boa ainda é imperfeita. Como um pedagogo, ela mostra o que se deve fazer, mas não dá por si mesma a força, a graça do Espírito para cumpri-la. Por causa do pecado que não pode tirar, é ainda uma lei de servidão. Conforme S. Paulo, ela tem principalmente como função denunciar e manifestar o pecado que forma uma "lei de concupiscência" no coração do homem. No entanto, a lei permanece como a primeira etapa no caminho do Reino. Prepara e dispõe o povo eleito e cada cristão à conversão e à fé no Deus salvador. Oferece um ensinamento que subsiste para todo o sempre, como a Palavra de Deus.
C.75.2 Catecumenato leva à conversão e à maturidade
§1248 O catecumenato, ou formação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a estes últimos, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial, que levem a conversão e a fé à maturidade. Trata-se de uma "formação à vida crista integral (...) pela qual os discípulos são unidos a Cristo, seu mestre. Por isso, os catecúmenos devem ser iniciados (...) nos mistérios da salvação e na prática de uma vida evangélica, e introduzidos, mediante ritos sagrados celebrados em épocas sucessivas, na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus".
C.75.3 Consciência e conversão
§1797 Para o homem que cometeu o mal, o veredicto de sua consciência permanece um penhor de conversão e de esperança.
C.75.4 Conversão de João no Batismo
§523 São João Batista é o precursor imediato do Senhor, enviado para preparar-lhe o caminho. "Profeta do Altíssimo" (Lc; 1,76), ele supera todos os profetas, deles é o último, inaugura o Evangelho; saúda a vinda de Cristo desde o seio de sua mãe e encontra sua alegria em ser "o amigo do esposo" (Jo 3,29), que designa como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Precedendo a Jesus "com o espírito e o poder de Elias" (Lc 1,17), dá-lhe testemunho por sua pregação, seu batismo de conversão e, finalmente, seu martírio.
§535 A vida pública de Jesus tem início com seu Batismo por João no rio Jordão. João Batista proclamava "um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados" (Lc 3,3). Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados, fariseus e saduceus e prostitutas vem fazer-se batizar por ele. Jesus aparece, o Batista hesita, mas Jesus insiste. E Ele recebe o Batismo. Então o Espírito Santo, sob forma de pomba, vem sobre Jesus, e a voz do céu proclama: "Este é o meu Filho bem-amado" (Mt 3,13-17). É a manifestação ("Epifania") de Jesus como Messias de Israel e Filho de Deus.
§720 Finalmente, com João Batista o Espírito Santo inaugura, prefigurando-o, o que realizará com e em Cristo: restituirá ao homem "a semelhança" divina. O Batismo de João era para o arrependimento, o Batismo da água e no Espírito será um novo nascimento
C.75.5 Conversão de São Paulo
§442 Não acontece o mesmo com Pedro, quando confessa Jesus como "o Cristo, o Filho do Deus vivo", pois este lhe responde com solenidade: "Não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, e sim meu Pai que está nos Céus" (Mt 16,17). Paralelamente, Paulo dirá a propósito de sua conversão no caminho para Damasco: Quando, porém, aquele que me separou desde o seio materno e me chamou, por sua graça houve por bem revelar em mim o seu Filho, para que eu o evangelizasse entre os gentios..." (Gl 1,15-16). "Imediatamente, nas sinagogas, começou a proclamar Jesus, afirmando que ele é o Filho de Deus" (At 9,20). Este será desde o início o centro da fé apostólica professada primeiro por Pedro como fundamento da Igreja.
C.75.6 Conversão de São Pedro
§1429 Comprova-o a conversão de 5. Pedro após a tríplice negação de seu mestre. O olhar de infinita misericórdia de Jesus provoca lágrimas de arrependimento e, depois da ressurreição do Senhor, a afirmação, três vezes reiterada, de seu amor por e1e. A segunda conversão também possui uma dimensão comunitária. Isto aparece no apelo do Senhor a toda uma Igreja: "Converte-te!" (Ap 2,5.16).
Santo Ambrósio, referindo-se às duas conversões, diz que na Igreja "existem a água e as lágrimas: a água do Batismo e as lágrimas da penitência".
C.75.7 Conversão do coração e Profetas
§2581 O Templo devia ser para o povo de Deus o lugar de sua educação à oração: as peregrinações, as festas, os sacrifícios, a oferenda da tarde, o incenso, os pães da "proposição", todos esses sinais da Santidade e da Glória de Deus, Altíssimo e tão próximo, eram apelos e caminhos da oração. Mas o ritualismo. arrastava muitas vezes o povo para um culto por demais exterior. Faltava a educação da fé, a conversão do coração. Foi a missão dos profetas, antes e depois do Exílio.
§2582 Elias é o pai dos profetas, "da geração dos que procuram Deus, dos que buscam sua face". Seu nome, "O Senhor é me Deus", anuncia o clamor do povo em resposta à sua oração no monte Carmelo. S. Tiago nos remete a Elias para nos incitar à oração: "A oração fervorosa do justo tem grande poder".
§2583 Depois de ter aprendido a misericórdia em seu retiro á margem da torrente do Carit, ensina à viúva de Sarepta a fé na palavra de Deus, fé que ele confirma por sua oração insistente: Deus devolve à vida o filho da viúva.
Por ocasião do sacrifício no monte Carmelo, prova decisiva para a fé do povo de Deus, foi por sua súplica que o fogo do Senhor consumiu o holocausto, "na hora em que se apresenta a oferenda da tarde": "Responde-me, Senhor, responde-me!", são as mesmas palavras de Elias que as Liturgias orientais repetem na Epiclese eucarística.
Por fim, retomando o caminho do deserto para o lugar em que o Deus vivo e verdadeiro se revelou a seu povo, Elias se escondeu, como Moisés, "na fenda do rochedo", até que "passasse" a Presença misteriosa de Deus. Mas somente na montanha da Transfiguração se revelará Aquele cuja Face buscam; o conhecimento da Glória de Deus está na face Cristo crucificado e ressuscitado.
§2584 No "face a face" com Deus, os profetas haurem luz e força para sua missão. Sua oração não é uma fuga do mundo infiel, mas uma escuta da Palavra de Deus, às vezes um debate ou uma queixa, sempre uma intercessão que aguarda e prepara a intervenção do Deus salvador, Senhor da história.
§2595 Os profetas chamam à conversão do coração e, buscando ardentemente a face de Deus, como Elias, intercedem pelo povo.
C.75.8 Conversão do coração e Sermão da Montanha
§2608 No Sermão da Montanha, Jesus insiste na conversão do coração: a reconciliação com o irmão antes de apresentar uma oferenda no altar, o amor aos inimigos e a oração pelos perseguidores, a oração ao Pai "em segredo" (Mt 6,6), a não-multiplicação das palavras, o perdão do fundo do coração na oração, a pureza do coração e a busca do Reino. Essa conversão é inteiramente orientada para o Pai; é filial.
C.75.9 Conversão interior necessária para as mudanças sociais
§1886 A sociedade é indispensável à realização da vocação humana. Para alcançar este objetivo, é necessário que seja respeitada a justa hierarquia dos valores que "subordina as necessidades materiais e instintivas às interiores e espirituais.
A convivência humana deve ser considerada como realidade eminentemente espiritual, intercomunicação de conhecimentos à luz da verdade, exercício de direitos e cumprimentos de deveres, incentivo e apelo aos bens morais, gozo comum do belo em todas as suas legítimas expressões, disponibilidade permanente para comunicar a outrem o melhor de si mesmo e aspiração comum a um constante enriquecimento espiritual. Tais são os valores que devem animar e orientar a atividade cultural, a vida econômica, a organização social, os movimentos e os regimes políticos, a legislação e todas as outras expressões da vida social em contínua evolução.
§1887 A inversão dos meios e dos fins, que acaba por conferir valor de fim último àquilo que não passa de meio para segui-lo, ou por considerar as pessoas como meros meios em vista de um fim, produz estruturas injustas, que "tornam árdua e praticamente impossível uma conduta cristã conforme mandamentos do Divino Legislador"
§1888 E preciso, então, apelar às capacidades espirituais e morais da pessoa e à exigência permanente de sua conversão interior, a fim de obter mudanças sociais que estejam realmente a seu serviço. A prioridade reconhecida à conversão do coração não elimina absolutamente, antes impõe, a obrigação de trazer instituições e às condições de vida, quando estas provocam o pecado, o saneamento conveniente, para que sejam conformes às normas da justiça e favoreçam o bem, em vez de pôr-lhe obstáculos.
§1889 Sem o auxílio da graça, os homens seriam incapazes de "discernir a senda freqüentemente estreita entre a covardia que cede ao mal e a violência que, na ilusão de o estar combatendo, ainda o agrava mais". É o caminho da caridade, quer dizer, do amor a Deus e ao próximo. A caridade representa o maior mandamento social. Respeita o outro e seus direitos. Exige a prática da justiça, e só ela nos torna capazes de praticá-la. Inspira uma vida de autodoação: "Quem procurar ganhar sua vida vai perdê-la, e quem a perder vai conservá-la" (Lc 17,33).
C.75.10 Conversão dom do Espírito Santo
§1098 A assembléia deve se preparar para se encontrar com seu Senhor, deve ser "um povo bem-disposto". Essa preparação dos corações é obra comum do Espírito Santo e da assembléia, em particular de seus ministros. A graça do Espírito Santo procura despertar a fé, a conversão do coração e a adesão à vontade do Pai. Essas disposições constituem pressupostos para receber as outras graças oferecidas na própria celebração e para os frutos de vida nova que ela está destinada a produzir posteriormente.
§1433 Depois da Páscoa, o Espírito Santo "estabelecer a culpabilidade do mundo a respeito do pecado", a saber, que o mundo não acreditou naquele que o Pai enviou. Mas esse mesmo Espírito, que revela o pecado, é o Consolador que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.
C.75.11 Convite para a conversão
§160 Para que o ato de fé seja humano, "o homem deve responder a Deus, crendo por livre vontade. Por conseguinte, ninguém deve ser forçado contra sua vontade a abraçar a fé. Pois o ato de fé é por sua natureza voluntário". "Deus de fato chama os homens para servi-lo em espírito e verdade. Com isso os homens são obrigados em consciência, mas não são forçados... Foi o que se patenteou em grau máximo em Jesus Cristo." Com efeito, Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo algum coagiu. "Deu testemunho da verdade, mas não quis impô-la pela força aos que a ela resistiam. Seu reino... se estende graças ao amor com que Cristo, exaltado na cruz, atrai a si os homens."
§545 Jesus convida os pecadores à mesa do Reino: "Não vim chamar justos, mas pecadores" (Mc 2,17). Convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mas mostrando-lhes, com palavras e atos, a misericórdia sem limites do Pai por eles e a imensa "alegria no céu por um único pecador que se arrepende" (Lc 15,7). A prova suprema deste amor ser o sacrifício de sua própria vida "em remissão dos pecados" (Mt 26.28).
§981 Depois de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para "anunciar a todas as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão dos pecados" (Lc 24,47). Este "ministério da reconciliação" (2Cor 5,18) os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves recebido de Cristo:
A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo É nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graça nos salvou.
§1036 As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão: "Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram" (Mt 7,13-14):
Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos, obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.
§1428 Ora, o apelo de Cristo à conversão continua a soar na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que "reúne em seu próprio seio os pecadores" e que "e ao mesmo tempo santa e sempre, na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação". Este esforço de conversão não é apenas uma obra humana. E o movimento do "coração contrito" atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou primeiro.
C.75.12 Dinamismo da conversão e da Penitência
§1439 O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do "filho pródigo", cujo centro é "O pai misericordioso": o fascínio de uma liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento da parte do pai; a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja. Só o coração de Cristo que conhece as profundezas do amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela.
C.75.13 Diversas formas de penitência e conversão
§1430 Como já nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência não visa em primeiro lugar às obras exteriores, saco e a cinza", os jejuns e as mortificações, mas à conversão do coração, à penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência.
§1431 A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às m s obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza salutares, chamadas pelos Padres de "animi cruciatus (aflição do espírito)", "compunctio cordis (arrependimento do coração)" .
§1432 O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. A conversão é antes de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a ele: "Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos" (Lm 5,21). Deus nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender a Deus pelo mesmo pecado e de ser separado dele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi traspassado por nossos pecados.
Fixemos nossos olhos no sangue de Cristo para compreender como é precioso a seu Pai porque, derramado para a nossa salvação, dispensou ao mundo inteiro a graça do arrependimento.
§1433 Depois da Páscoa, o Espírito Santo "estabelecer a culpabilidade do mundo a respeito do pecado", a saber, que o mundo não acreditou naquele que o Pai enviou. Mas esse mesmo Espírito, que revela o pecado, é o Consolador que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.
V. As múltiplas formas da penitência na vida cristã
§1434 A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8).
C.75.14 Efeitos visíveis da conversão
§1430 Como já nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência não visa em primeiro lugar às obras exteriores, saco e a cinza", os jejuns e as mortificações, mas à conversão do coração, à penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência.
§1440 O pecado é antes de tudo uma ofensa a Deus, uma ruptura da comunhão com ele. Ao mesmo tempo é um atentado à comunhão com a Igreja. Por isso, a conversão traz simultaneamente o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, Q que é expresso e realizado liturgicamente pelo sacramento da Penitência e da Reconciliação.
C.75.15 Fontes da conversão 1436-
§1437 A leitura da Sagrada Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai-nosso, todo ato sincero de culto ou de piedade reaviva em nós o espírito de conversão e de penitência e contribui para o perdão dos pecados.
C.75.16 Fragilidade humana e conversão
§1426 A conversão a Cristo, o novo nascimento pelo Batismo, o dom do Espírito Santo, o Corpo e o Sangue de Cristo recebidos como alimento nos tornaram "santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1,4), como a própria Igreja, esposa de Cristo, é "santa e irrepreensível" (Ef 5,27). Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.
C.75.17 Graça e conversão
§1991 A justificação é, ao mesmo tempo, o acolhimento da justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. A justiça designa aqui a retidão do amor divino. Com a justificação, a fé, a esperança e a caridade se derramam em nossos corações e é-nos concedida a obediência à vontade divina.
§2000 A graça santificante é um dom habitual, uma disposição estável e sobrenatural para aperfeiçoar a própria alma e torná-la capaz de viver com Deus, agir por seu amor. Deve-se distinguir a graça habitual, disposição permanente para viver e agir conforme o chamado divino, e as graças atuais, que designam as intervenções divinas, quer na origem da conversão, quer no decorrer da obra da santificação
§2010 Como a iniciativa pertence a Deus na ordem da graça, ninguém pode merecer a graça primeira, na origem da versão, do perdão e da justificação. Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos em seguida merecer para nós mesmos e para os outros as graças úteis à nossa santificação crescimento da graça e da caridade, e também para ganhar a vida eterna. Os próprios bens temporais, como a saúde, a amizade, podem ser merecidos segundo a sabedoria divina. Essas graças e esses bens são o objeto da oração cristã. Esta atende à nossa necessidade da graça para as ações meritórias.
§2027 Ninguém pode merecer a graça primeira que se acha na origem da conversão. Sob a moção do Espírito Santo, podemos merecer, para nós mesmos e para os outros, todas as graças Úteis para chegar à vida eterna, como também os bens temporais necessários.
C.75.18 Iniciação cristã e conversão
§1229 Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente. Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à Comunhão Eucarística.
C.75.19 Juízo errôneo e desvio da conversão
§1792 A ignorância de Cristo e de seu Evangelho, os maus exemplos de outros, o servilismo às paixões, a pretensão de uma mal-entendida autonomia da consciência, a recusa da autoridade da Igreja e de seus ensinamentos, a falta de conversão ou de caridade podem estar na origem dos desvios do julgamento na conduta moral.
C.75.20 Justificação e conversão
§1989 A primeira obra da graça do Espírito Santo é a conversão que opera a justificação segundo o anúncio de Jesus no princípio do Evangelho: "Arrependei-vos (convertei-vos), porque está próximo o Reino dos Céus" (Mt 4,17). Sob a moção da graça, o homem se volta para Deus e se aparta do pecado, acolhendo, assim, o perdão e a justiça do alto. "A justificação comporta a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior."
§1993 A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado humano, ela se exprime no assentimento da fé à palavra de Deus, que convida o homem à conversão, e na cooperação da caridade, no impulso do Espírito Santo, que o previne e guarda.
Quando Deus toca o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, o homem não é insensível a tal inspiração, que pode, aliás, rejeitar; e, no entanto, ele não pode tampouco, sem a graça divina, chegar pela vontade livre à justiça diante dele.
C.75.21 Mal caminho para conversão
§385 Deus é infinitamente bom e todas as suas obras são boas. Todavia, ninguém escapa à experiência do sofrimento, dos males existentes na natureza que aparecem ligados às limitações próprias das criaturas e, sobretudo, à questão do mal moral. De onde vem o mal? "Eu perguntava de onde vem o mal e não encontrava saída", diz Santo Agostinho, e sua própria busca sofrida não encontrará saída, a não ser em sua conversão ao Deus vivo. Pois "o mistério da iniquidade" (2 Ts 2,7) só se explica à luz do "Mistério da piedade". A revelação do amor divino em Cristo manifestou ao mesmo tempo a extensão do mal e a superabundância da graça. Precisamos, pois, abordar a questão da origem do mal fixando o olhar de nossa fé naquele que, e só Ele, é o Vencedor do mal.
§1502 O homem do Antigo Testamento vive a doença diante Deus. E diante de Deus que ele faz sua queixa sobre a enfermidade, e é dele, o Senhor da vida e da morte, que implora a cura . A enfermidade se toma caminho de conversão e o perdão de Deus de início à cura. Israel chega à conclusão de que a doença, de uma forma misteriosa, está ligada ao pecado e ao mal e que a fidelidade a Deus, segundo sua Lei, dá a vida: "Porque eu sou Iahweh, aquele que te restaura" (Ex 15,26). O profeta entrevê que o sofrimento também pode ter um sentido redentor para os pecados dos outros (Cf Is 53,11). Finalmente, Isaias anuncia que Deus fará chegar um tempo para Si o em que toda falta será perdoada e toda doença ser curada (Cf Is 33,24).
C.75.22 Necessidade da conversão do coração
§821 Para responder adequadamente a este apelo, exigem-se:
§1430 Como já nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência não visa em primeiro lugar às obras exteriores, saco e a cinza", os jejuns e as mortificações, mas à conversão do coração, à penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência.
§1431 A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às m s obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza salutares, chamadas pelos Padres de "animi cruciatus (aflição do espírito)", "compunctio cordis (arrependimento do coração)" .
§1432 O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. A conversão é antes de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a ele: "Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos" (Lm 5,21). Deus nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender a Deus pelo mesmo pecado e de ser separado dele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi traspassado por nossos pecados.
Fixemos nossos olhos no sangue de Cristo para compreender como é precioso a seu Pai porque, derramado para a nossa salvação, dispensou ao mundo inteiro a graça do arrependimento.
§1433 Depois da Páscoa, o Espírito Santo "estabelecer a culpabilidade do mundo a respeito do pecado", a saber, que o mundo não acreditou naquele que o Pai enviou. Mas esse mesmo Espírito, que revela o pecado, é o Consolador que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.
§1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação:
Quando a vontade se volta para uma coisa contrária â caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, por seu próprio objeto, matéria para ser mortal... quer seja contra o amor a Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., quer seja contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige às vezes a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como por exemplo palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais'
§1888 E preciso, então, apelar às capacidades espirituais e morais da pessoa e à exigência permanente de sua conversão interior, a fim de obter mudanças sociais que estejam realmente a seu serviço. A prioridade reconhecida à conversão do coração não elimina absolutamente, antes impõe, a obrigação de trazer instituições e às condições de vida, quando estas provocam o pecado, o saneamento conveniente, para que sejam conformes às normas da justiça e favoreçam o bem, em vez de pôr-lhe obstáculos.
§2708 A meditação mobiliza o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo. Essa mobilização é necessária para aprofundar as convicções de fé, suscitar a conversão do coração e fortificar a vontade de seguir a Cristo. A oração cristã procura meditar de preferência "os mistérios de Cristo", como na "lectio (leitura) divina" ou no Rosário. Esta forma de reflexão orante é de grande valor, mas a oração cristã deve procurar ir mais longe: ao conhecimento de amor do Senhor Jesus, à união com Ele.
§2709 O que é a oração mental? Sta. Teresa responde: "A ora-ção mental, a meu ver, é apenas um relacionamento íntimo de amizade em que conversamos muitas vezes a sós com esse Deus por quem nos sabemos amados".
A oração mental busca "aquele que meu coração ama". É Jesus e, nele, o Pai. Ele é procurado porque desejá-lo é sempre o começo do amor, e é procurado na fé pura, esta fé que nos faz nascer dele e viver nele. Na oração, podemos ainda meditar; contudo, o olhar se fixa no Senhor.
C.75.23 O que é necessário para a conversão
§1490 O movimento de volta a Deus, chamado conversão e arrependimento, implica uma dor e uma aversão aos pecados cometidos e o firme propósito de não mais pecar no futuro. A conversão atinge, portanto, o passado e o futuro; nutre-se da esperança na misericórdia divina.
§1848 Como afirma S. Paulo: "Onde avultou o pecado, a graça superabundou" (Rm 5,20). Mas, para realizar seu trabalho, deve a graça descobrir o pecado, a fim de converter nosso coração e nos conferir "a justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rm 5,21). Como o médico que examina a ferida antes de curá-la, assim Deus, por sua palavra e por seu Espírito, projeta uma luz viva sobre o pecado.
A conversão requer que se lance luz sobre o pecado; ela contém em si mesma o julgamento interior da consciência. Pode-se ver nisso a prova da ação do Espírito de verdade no mais íntimo do homem, e isso se torna ao mesmo tempo o início de um novo dom da graça e do amor: "Recebei o Espírito Santo". Assim, nesta ação de "lançar luz sobre o pecado" descobrimos um duplo dom: o dom da verdade da consciência e o dom da certeza da redenção. O Espírito de verdade é o Consolador.
C.75.24 Oração e conversão
§2708 A meditação mobiliza o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo. Essa mobilização é necessária para aprofundar as convicções de fé, suscitar a conversão do coração e fortificar a vontade de seguir a Cristo. A oração cristã procura meditar de preferência "os mistérios de Cristo", como na "lectio (leitura) divina" ou no Rosário. Esta forma de reflexão orante é de grande valor, mas a oração cristã deve procurar ir mais longe: ao conhecimento de amor do Senhor Jesus, à união com Ele.
§2731 Outra dificuldade, especialmente para aqueles que querem sinceramente orar, é a aridez. Esta acontece na oração, quando o coração está desanimado, sem gosto com relação aos pensamentos, às lembranças e aos sentimentos, mesmo espirituais. E o momento da fé pura que se mantém fielmente com Jesus na agonia e no túmulo. "Se o grão de trigo que cai na terra morrer, produzirá muito fruto" (Jo 12,24). Se a aridez é causada pela falta de raiz, porque a Palavra caiu sobre as pedras, o combate deve ir na linha da conversão.
§2754 As dificuldades principais no exercício da oração são a distração e a aridez. O remédio está na fé, na conversão e na vigilância do coração.
§2784 Este dom gratuito da adoção exige de nossa parte uma conversão contínua e uma vida nova. Rezar a nosso Pai deve desenvolver em nós, duas disposições fundamentais:
O desejo e a vontade de assemelhar-se a Ele. Criados à sua imagem, é por graça que a semelhança nos é dada e a ela devemos responder.
Quando chamamos a Deus de "nosso Pai", precisamos lembrar-nos de que devemos comportar-nos como filhos de Deus.
Não podeis chamar de vosso Pai ao Deus de toda bondade, se conservais um coração cruel e desumano; pois nesse caso já não tendes mais em vós a marca da bondade do Pai celeste.
É preciso contemplar sem cessar a beleza do Pai e com ela impregnar nossa alma.
C.75.25 Pecado conversão e purificação
§1472 Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama "pena eterna" do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado "purgatório". Esta purificação liberta da chamada "pena temporal" do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma conseqüência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena.
§1486 O perdão dos pecados cometidos após o Batismo é concedido por um sacramento próprio chamado sacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou da Reconciliação.
§1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação:
Quando a vontade se volta para uma coisa contrária â caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, por seu próprio objeto, matéria para ser mortal... quer seja contra o amor a Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., quer seja contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige às vezes a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como por exemplo palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais'
C.75.26 Penitência e conversão
§1422 "Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade exemplo e orações."
§1423 Chama-se sacramento da Conversão, pois realiza sacramentalmente o convite de Jesus à conversão, o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado.
Chama-se sacramento da Penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador.
§2042 O primeiro mandamento da Igreja ("Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho") ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.
O segundo mandamento ("Confessar-se ao menos uma vez por ano") assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo.
O terceiro mandamento ("Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição") garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia Cristã.
C.75.27 Presunção humana e conversão
§2092 Há duas espécies de presunção. Ou o homem presume de suas capacidades (esperando poder salvar-se sem a ajuda do alto), ou então presume da onipotência ou da misericórdia de Deus (esperando obter seu perdão sem conversão e a glória sem mérito).
C.75.28 Realização da conversão
§1435 A conversão se realiza na vida cotidiana por meio de gestos de reconciliação, do cuidado dos pobres, do exercício e da defesa da Justiça e do direito, pela confissão das faltas aos irmãos, pela correção fraterna, pela revisão de vida, pelo exame de consciência pela direção espiritual, pela aceitação dos sofrimentos, pela firmeza na perseguição por causa da justiça. Tomar sua cruz, cada dia, seguir a Jesus é o caminho mais seguro da penitencia.
C.75.29 Recusa da conversão
§591 Jesus pediu às autoridades religiosas de Jerusalém que cressem nele por causa das obras de seu Pai que ele realiza. Tal ato de fé tinha de passar, no entanto, por uma misteriosa morte de si mesmo em vista de um novo "nascimento do alto", sob o impulso da graça divina. Essa exigência de conversão ante um cumprimento tão surpreendente das promessas permite compreender o trágico desprezo do sinédrio ao estimar que Jesus merecia a morte como blasfemo. Seus membros agiam assim por "ignorância" e ao mesmo tempo pelo "endurecimento" da "incredulidade".
C.75.30 Reino e conversão
§1470 Neste sacramento, o pecador, entregando-se ao julgamento misericordioso de Deus, antecipa de certa maneira o julgamento a que ser sujeito no fim desta vida terrestre. Pois é agora, nesta vida, que nos é oferecida a escolha entre a vida e a morte, e só pelo caminho da conversão poderemos entrar no Reino do qual somos excluídos pelo pecado grave. Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte para a vida "sem ser julgado" (Jo 5,24).
§2612 Em Jesus, "o Reino de Deus está próximo" (Mc 1,15) e convoca à conversão e à fé, como também, à vigilância. Na oração, o discípulo vigia atento Aquele que É e que Vem na memória de sua primeira Vinda na humildade da carne e na esperança de sua segunda Vinda na Glória. Em comunhão com o Mestre a oração dos discípulos é um combate, e é vigiando na prece que não se cai em tentação.
Mãe e Virgem de Guadalupe interceda por nós, vigie-nos com os seus olhos maternos
Jesus Misericordioso, em terminando este trabalho, coloco-o em suas mãos para a sua glorificação, e todo o meu ser à sua disposição!