ÍNDICE ANALÍTICO
P.25 PÁTRIA
P.25.1 Pátria celeste
§117 O sentido espiritual. Graças à unidade do projeto de Deus, não somente o texto da Escritura, mas também as realidades e os acontecimentos de que ele fala, podem ser sinais.
O sentido alegórico. Podemos adquirir uma compreensão mais profunda dos acontecimentos reconhecendo a significação deles em Cristo; assim, a travessia do Mar Vermelho é um sinal da vitória de Cristo, e também do Batismo
O sentido moral. Os acontecimentos relatados na Escritura devem conduzir-nos a um justo agir. Eles foram escritos "para nossa instrução" (1Cor 10,11)
O sentido anagógico. Podemos ver realidades e acontecimentos em sua significação eterna, conduzindo-nos (em grego: "anagogé"; pronuncie "anagogué") à nossa Pátria. Assim, a Igreja na terra é sinal da Jerusalém celeste.
§1525 Assim como os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia constituem uma unidade chamada "os sacramentos da iniciação cristã", pode-se dizer que a Penitência, a Sagrada Unção e a Eucaristia como viático constituem, quando a vida cristã chega a seu término, "os sacramentos que preparam para a Pátria" ou os sacramentos que consumam a peregrinação.
§2795 O símbolo dos céus nos remete ao mistério da Aliança que vivemos quando rezamos ao nosso Pai. Ele está nos céus que são sua Morada; a Casa do Pai é, portanto, nossa "pátria". Foi da terra da Aliança que o pecado nos exilou e é para o Pai, para o céu, que a conversão do coração nos faz voltar. Ora, é no Cristo que o céu e a terra são reconciliados, pois o Filho "desceu do céu", sozinho, e para lá nos faz subir com ele, por sua Cruz, sua Ressurreição e Ascensão.
P.25.2 Pátria terrestre e deveres para com ela
§2199 O quarto mandamento dirige-se expressamente aos filhos em suas relações com seu pai e sua mãe, porque esta relação é a mais universal. Diz respeito também as relações de parentesco com Os membros do grupo familiar. Manda prestar honra, afeição e reconhecimento aos avós e aos antepassados. Estende-se, enfim, aos deveres dos alunos para com seu professor, dos empregados para com seus patrões, dos subordinados para com seus chefes, dos cidadãos para com sua pátria e para com os que a administram ou a governam.
Este mandamento implica e subentende os deveres dos pais, tutores, professores, chefes, magistrados, governantes, de todos os que exercem uma autoridade sobre outros ou sobre uma comunidade.
§2239 É dever dos cidadãos colaborar com os poderes civis para o bem da sociedade, num espírito de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade. O amor e o serviço à pátria derivam do dever de gratidão e da ordem de caridade. A submissão às autoridades legítimas e o serviço do bem comum exigem que os cidadãos cumpram seu papel na vida da comunidade política.
§2240 A submissão à autoridade e a co-responsabilidade pelo bem comum exigem moralmente o pagamento de impostos, o exercício do direito de voto, a defesa do país:
Dai a cada um o que lhe é devido: o imposto a quem é devido; a taxa a quem é devida; a reverência a quem é devida; a honra a quem é devida (Rm 13,7).
Os cristãos residem em sua própria pátria, mas como residentes estrangeiros. Cumprem todos os seus deveres de cidadãos e suportam todas as suas obrigações, mas de tudo desprendidos, como estrangeiros... Obedecem às leis estabelecidas, e sua maneira de viver vai muito além das leis... Tão nobre é o posto que lhes foi por Deus outorgado, que não lhes é permitido desertar.
O Apóstolo nos exorta a fazer orações e ações de graça pelos reis e por todos os que exercem autoridade, "a fim de que levemos uma vida calma e serena, com toda piedade e dignidade" (1 Tm 2,2).
§2310 Os poderes públicos tomarão as justas providências com relação ao caso daqueles que se dedicam ao serviço da pátria na vida militar, isto e, estão a serviço da segurança e da liberdade dos povos. Se desempenham corretamente sua tarefa, concorrem verdadeiramente para o bem comum da nação e para manter a paz.
Mãe e Virgem de Guadalupe interceda por nós, vigie-nos com os seus olhos maternos