Catecismo da Igreja Católica

ÍNDICE ANALÍTICO

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P.85 PROMESSA(S)

P.85.1 Esperança confiança nas promessas de Cristo

§1817 A ESPERANÇA

A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. "Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa" (Hb 10,23). "Este Espírito que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que fôssemos justificados por sua graça e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna" (Tt 3,6-7).

P.85.2 Espírito de promessa

§705 Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem continua sendo "à imagem de Deus", à imagem do Filho, mas é "privado da Glória de Deus", privado da "semelhança". A promessa feita a Abraão o inaugura a Economia da salvação, no fim da qual o próprio Filho assumirá "a imagem" e a restaurará na "semelhança" com o Pai, restituindo-lhe a Glória, o Espírito "que dá a vida".

§706 Contra toda esperança humana, Deus promete a Abraão a uma descendência, como fruto da fé e do poder do Espírito Santo Nela serão abençoadas todas as nações da terra. Esta descendência será Cristo, no qual a efusão do Espírito Santo fará "a unidade dos filhos de Deus dispersos". Ao comprometer-se por juramento, Deus já se compromete a dar seu Filho bem-amado e "o Espírito da promessa... que prepara a redenção do Povo que Deus adquiriu para si".

P.85.3 Fidelidade de Deus às promessas

§212 SÓ DEUS É

Ao longo dos séculos, a fé de Israel pôde desenvolver e aprofundar as riquezas contidas na revelação do nome divino. Deus é único, fora dele não há deuses. Transcende o mundo e a história. Foi Ele quem fez o céu e a terra: "Eles perecem, mas tu permaneces; todos ficam gastos como a roupa... mas tu existes, e teus anos jamais findarão!" (S1102,27-28). Nele "não h mudança, nem sombra de variação" (Tg 1,17). Ele é "AQUELE QUE É", desde sempre e para sempre, e é assim que permanece sempre fiel a si mesmo e às suas promessas.

§215 DEUS É A VERDADE

"O princípio de tua palavra é a verdade, tuas normas são justiça para sempre" (Sl 119,160). "Sim, Senhor Deus, és tu que és Deus, tuas palavras são verdade" (2Sm 7,28); é por isso que as promessas de Deus sempre se realizam. Deus é a própria Verdade, suas palavras não podem enganar. É por isso que podemos entregar-nos com toda a confiança à verdade e à fidelidade de sua palavra em todas as coisas. O começo do pecado e da queda do homem foi uma mentira do tentador que induziu duvidar da palavra de Deus, de sua benevolência e fidelidade.

§422 "Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, enviou Deus seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial" (Gl 4,4-5). Este é "o Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus": Deus visitou seu povo, cumpriu as promessas feitas a Abraão e à sua descendência; fê-lo para além de toda expectativa: enviou seu "Filho bem-amado".

§1063 No profeta Isaias encontramos a expressão "Deus de verdade", literalmente "Deus do amém", isto é, o Deus fiel às suas promessas: "Todo aquele que quiser ser bendito na terra quererá ser bendito pelo Deus do amém" (Is 65,16). Nosso Senhor emprega com freqüência o termo "amém", por vezes em forma duplicada, para sublinhar a confiabilidade seu ensinamento, sua autoridade fundada na verdade de Deus.

P.85.4 Israel depositário das promessas de Deus

§60 O povo originado de Abraão será o depositário da promessa feita aos patriarcas, o povo da eleição, chamado a preparar o congraçamento, um dia, de todos os filhos de Deus na unidade da Igreja; será a raiz sobre a qual serão enxertados os pagãos tornados crentes.

P.85.5 Promessa da ressurreição de Deus e sua realização

§638 "Anunciamo-vos a Boa Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus" (At 13,32-33). A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada, juntamente com a Cruz, como parte essencial do Mistério Pascal.

Cristo ressuscitou dos mortos./ Por sua morte venceu a morte,/ Aos mortos deu a vida./

§653 A verdade da divindade de Jesus é confirmada por sua Ressurreição. Dissera Ele: "Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que EU SOU, (Jo 8,28). A Ressurreição do Crucificado demonstrou que ele era verdadeiramente "EU SOU", o Filho de Deus e Deus mesmo. São Paulo pôde declarar aos judeus: "A promessa feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós...; ressuscitou Jesus, como está escrito no Salmo segundo: 'Tu és o meu filho, eu hoje te gerei" (At 13,32-33). A Ressurreição de Cristo está estreitamente ligada ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. E o cumprimento segundo o desígnio eterno de Deus.

P.85.6 Promessa da vida eterna

§2002 A livre iniciativa de Deus pede a livre resposta do homem pois Deus criou o homem à sua imagem, conferindo-lhe, com a liberdade, o poder de conhecê-Lo e amá-Lo. A alma só pode entrar livremente na comunhão do amor. Deus toca imediatamente e move diretamente o coração do homem. Ele colocou no homem uma aspiração à verdade e ao bem que somente Ele pode satisfazer plenamente. As promessas da "vida eterna" respondem, além de a toda a nossa esperança, a esta aspiração:

Se Vós, ao cabo de vossas obras excelentes (...) repousastes no sétimo dia, foi para nos dizer de antemão pela voz de vosso livro que, ao cabo de nossas obras ("que são muito boas", pelo fato mesmo de terdes sido Vós que no-las destes), também nós no sábado da vida eterna em Vós repousaremos.

P.85.7 Promessa das bem-aventuranças

§1716 NOSSA VOCAÇÃO À BEM-AVENTURANÇA. As bem-aventuranças estão no cerne da pregação de Jesus. Seu anúncio retoma as promessas feitas ao povo eleito desde Abraão. Jesus as completa, ordenando-as não mais simples bem-estar gozoso na terra, mas ao Reino dos Céus:

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.

Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os rnisericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim.

Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus (Mt 5,3-12a).

§1717 As bem-aventuranças traçam a imagem de Cristo e descrevem sua caridade; exprimem a vocação dos fiéis associados à glória de sua Paixão e Ressurreição; iluminam as ações e atitudes características da vida cristã; são promessas paradoxais que sustentam a esperança nas tribulações; anunciam as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas pelos discípulos; são iniciadas na vida da Virgem Maria e de todos os santos.

§ 1725 As bem-aventuranças retomam e completam as promessas de Deus desde Abraão, ordenando-as para o Reino dos Céus. Respondem ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração do homem.

§1967 A Lei evangélica "dá pleno cumprimento" à Lei Antiga, afina-a, ultrapassa-a e aperfeiçoa-a. Nas "bem-aventuranças", ela realiza plenamente as promessas divinas, elevando-as e ordenando-as ao "Reino dos Céus". Dirige-se àqueles que se mostram dispostos a acolher com fé esta esperança nova - os pobres, os humildes, os aflitos, os de coração puro, os perseguidos por causa de Cristo -, traçando assim os surpreendentes caminhos do Reino.

P.85.8 Promessa de Deus a Abraão

§705 Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem continua sendo "à imagem de Deus", à imagem do Filho, mas é "privado da Glória de Deus", privado da "semelhança". A promessa feita a Abraão o inaugura a Economia da salvação, no fim da qual o próprio Filho assumirá "a imagem" e a restaurará na "semelhança" com o Pai, restituindo-lhe a Glória, o Espírito "que dá a vida".

§706 Contra toda esperança humana, Deus promete a Abraão a uma descendência, como fruto da fé e do poder do Espírito Santo Nela serão abençoadas todas as nações da terra. Esta descendência será Cristo, no qual a efusão do Espírito Santo fará "a unidade dos filhos de Deus dispersos". Ao comprometer-se por juramento, Deus já se compromete a dar seu Filho bem-amado e "o Espírito da promessa... que prepara a redenção do Povo que Deus adquiriu para si".

P.85.9 Promessa de Deus e oração da fé

§2570 A promessa e a oração da fé

Assim que Deus o chama, Abraão parte, "como lhe disse o Senhor" (Gn 12,4); seu coração se mostra "submisso à Palavra" ele obedece. A escuta do coração que se decide segundo Deus é essencial à oração; as palavras lhe são relativas. Mas a oração de Abraão se exprime primeiro por atos: como homem de silêncio, ele constrói, a cada etapa, um altar ao Senhor. Somente mais tarde aparece sua primeira oração com palavras: uma queixa velada que lembra a Deus suas promessas que parecem não se realizar. Desde o começo aparece assim um dos aspectos do drama da oração: a provação da fé na fidelidade de Deus.

§2571 Tendo acreditado em Deus, caminhando em sua presença e em aliança com ele, o patriarca está disposto a acolher em sua tenda o hóspede misterioso: é a admirável hospitalidade de Mambré, prelúdio da anunciação do verdadeiro Filho da Promessa. Por isso, tendo-lhe Deus confiado seu plano, o coração de Abraão está sintonizado com a compaixão de seu Senhor pelos homens, e ele ousa interceder por eles com audaciosa confiança.

§2572 Como última purificação de sua fé, requer-se do "depositário das promessas" (Hb 11,17) que sacrifique o filho que Deus lhe dera. Sua fé não esmorece: "E Deus que proverá o cordeiro para o holocausto" (Gn 22,8), "pois Deus, pensava ele, é capaz também de ressuscitar os mortos" (Hb 11,19). Dessa forma, o pai dos que crêem se configurou ao Pai que não há de poupar seu próprio Filho, mas o entregará por todos nós. A oração restaura o homem à semelhança de Deus e o faz participar do poder do amor de Deus que salva a multidão.

§2573 Deus renova sua promessa a Jacó, pai das doze tribos de Israel. Antes de enfrentar seu irmão Esaú, ele luta uma noite inteira com "alguém" misterioso que se recusa a revelar-lhe o nome, mas o abençoa antes de o deixar ao despontar da aurora. A tradição espiritual da Igreja reteve dessa história o símbolo da oração como combate da fé e vitória da perseverança.

§2574 Moisés e a oração do mediador

Logo que começa a se realizar a Promessa (a Páscoa, o Êxodo, a entrega da Lei e a conclusão da Aliança), a oração de Moisés é a figura surpreendente da oração de intercessão que se realizará no "único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus" (1 Tm 2,5).

§2579 Davi é por excelência o rei "segundo o coração de Deus", o pastor que ora por seu povo e em seu nome, aquele cuja submissão à vontade de Deus, cujo louvor e arrependimento serão o modelo da oração do povo. Como ungido de Deus, sua oração é adesão fiel à promessa divina, confiança cheia de amor e alegria naquele que é o único Rei e Senhor. Nos Salmos, Davi, inspirado pelo Espírito Santo, é o primeiro profeta da oração judaica e cristã. A oração de Cristo, verdadeiro Messias e filho de Davi, revelará e realizará o sentido dessa oração.

P.85.10 Promessa de Deus e seu cumprimento

§484 A Anunciação a Maria inaugura a "plenitude dos tempos" (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará "corporalmente a plenitude da divindade" (Cl 2,9). A resposta divina à sua pergunta "Como se fará isto, se não conheço homem algum?" (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: "O Espírito Santo virá sobre ti" (Lc 1,35).

§652 A Ressurreição de Cristo é cumprimento das promessas do Antigo Testamento" e do próprio Jesus durante sua vida terrestre. A expressão "segundo as Escrituras" indica que a Ressurreição de Cristo realiza essas predições.

§1065 O próprio Jesus Cristo é "o Amém" (Ap 3,14). Ele é o "Amém" definitivo do amor do Pai por nós; assume e consuma nosso "Amém" ao Pai: "todas as promessas de Deus, com efeito, têm nele (Cristo) seu sim; por isso, é por Ele que dizemos 'amém' a Deus para a glória de Deus" (2Cor 1,20):

Por Cristo, com Cristo, em Cristo,/ a vós, Deus Pai Todo-Poderoso,/ na unidade do Espírito Santo,/ toda honra e toda glória,/ agora e para sempre./ AMÉM

§2787 Quando dizemos Pai "nosso", reconhecemos primeiramente que todas as suas promessas de amor anunciadas pelos profetas se cumprem na nova e eterna Aliança em Cristo: nós nos tornamos seu Povo e Ele é, doravante, "nosso" Deus. Esta relação nova é uma pertença mútua dada gratuitamente: é pelo amor e pela fidelidade que devemos responder "à graça e à verdade" que nos são dadas em Jesus Cristo.

P.85.11 Promessa do Batismo

§1185 O congraçamento do povo de Deus começa pelo Batismo; por isso, a igreja deve ter um lugar para a celebração do Batismo (batistério) e fazer com que o povo lembre as promessas feitas na celebração do Batismo. (O persignar-se com água benta faz lembrar o Batismo.)

A renovação da vida batismal exige a penitência. Por isso, a Igreja deve prestar-se à expressão do arrependimento e ao recebimento do perdão, o que exige um lugar apropriado para acolher os penitentes.

A igreja deve também ser um espaço que convide ao recolhimento e à oração silenciosa, que prolongue e interiorize a grande oração da Eucaristia.

§1254 Em todos os batizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer após o Batismo. E por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.

§1298 Quando a Confirmação é celebrada em separado do Batismo, como ocorre no rito romano, a liturgia do sacramento começa com a renovação das promessas do Batismo e com a profissão de fé dos confirmandos. Assim aparece com clareza que a Confirmação se situa na seqüência do Batismo. Quando um adulto é batizado, recebe imediatamente a Confirmação e participa da Eucaristia [Cf CIC cânone 866.

P.85.12 Promessa do Espírito Santo

§715 Os textos proféticos diretamente referentes ao envio do Espírito Santo são oráculos em que Deus fala ao coração de seu Povo na linguagem da promessa, com as tônicas do "amor e da fidelidade"', cujo cumprimento São Pedro proclamará na manhã de Pentecostes. Segundo essas promessas, nos "últimos tempos" o Espírito do Senhor renovará o coração dos homens, gravando neles uma Lei Nova; reunirá e reconciliará os povos dispersos e divididos; transformará a criação primeira; e Deus habitará nela com os homens na paz.

§729 É somente quando chega a Hora em que vai ser glorificado que Jesus promete a vinda do Espírito Santo, pois sua Morte e Ressurreição serão o cumprimento da Promessa feita aos Apóstolos: o Espírito de Verdade, o Paráclito, será dado pelo Pai a pedido de Jesus; Ele será enviado pelo Pai em nome de Jesus; Jesus o enviará de junto do Pai, pois ele procede do Pai. O Espírito Santo virá, nós o conheceremos, Ele estará conosco para sempre, Ele permanecerá conosco; Ele nos ensinará tudo e nos lembrará de tudo o que Cristo nos disse, e dele dará testemunho; conduzir-nos-á à verdade inteira e glorificará a Cristo. Quanto ao mundo, confundi-lo-á em matéria de pecado, de justiça e de julgamento.

§1287 Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Cristo prometeu esta efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa. e em seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do Espírito Santo, os Apóstolos começam a proclamar "as maravilhas de Deus" (At 2,11), e Pedro começa a declarar que esta efusão do Espírito é o sinal dos tempos messiânicos. Os que então creram na pregação apostólica e que se fizeram batizar também receberam o dom do Espírito Santo

P.85.13 Promessa feita a Deus ou voto

§2101 PROMESSAS E VOTOS

Em várias circunstâncias, o cristão é convidado a fazer promessas a Deus. O Batismo e a Confirmação, o Matrimônio e a Ordenação sempre as contêm. Por devoção pessoal, o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel.

§2102 "O voto, isto é, a promessa deliberada e livre de um bem possível e melhor feita a Deus, deve ser cumprido a título da virtude de religião." O voto é um ato de devoção no qual o cristão se consagra a Deus ou lhe promete uma obra boa. Pelo cumprimento de seus votos, o homem dá a Deus o que lhe prometeu e consagrou. Os Atos dos Apóstolos nos mostram S. Paulo preocupado em cumprir os votos que fizera.

§2103 A Igreja atribui um valor exemplar aos votos de praticar os conselhos evangélicos:

A Mãe Igreja alegra-se ao encontrar em seu seio muitos homens e mulheres que seguem mais estreitamente a exinanição do Salvador e mais claramente a demonstram, aceitando a pobreza na liberdade dos filhos de Deus e renunciando às próprias vontades; submetem-se eles aos homens por causa de Deus, em matéria de perfeição, além da medida do preceito, para que mais plenamente se conformem a Cristo obediente.

Em certos casos a Igreja pode, por motivos adequados, dispensar dos votos e das promessas.

P.85.14 Promessa matrimonial

§1644 A UNIDADE E A INDISSOLUBILIDADE DO MATRIMÔNIO O amor dos esposos exige, por sua própria natureza, a unidade e a indissolubilidade da comunidade de pessoas que engloba toda a sua vida: "De modo que já não são dois, mas uma só carne" (Mt 19,6). "Eles são chamados a crescer continuamente nesta comunhão por meio da fidelidade cotidiana à promessa matrimonial do dom total recíproco." Esta comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus Cristo, concedida pelo sacramento do Matrimônio . E aprofundada pela vida da fé comum e pela Eucaristia recebida pelos dois.

P.85.15 Promessa solene e juramento

§2147 As promessas feitas a outrem em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade, a veracidade e a autoridade divinas. Devem, pois, em justiça, ser respeitadas. Ser-lhes infiel é abusar do nome de Deus e, de certo modo, fazer de Deus um mentiroso.

§2150 O nome do Senhor pronunciado em vão

O segundo mandamento proíbe o juramento falso. Fazer juramento ou jurar é invocar a Deus como testemunha do que se afirma. E invocar a veracidade divina como garantia de nossa própria veracidade. O juramento empenha o nome do Senhor. "E ao Senhor teu Deus que temerás, a Ele servirás e pelo seu nome jurarás" (Dt 6,13).

§2152 E perjuro aquele que, sob juramento, faz uma promessa que não tem intenção de manter ou que, depois de ter prometido algo sob juramento, não o cumpre. O perjúrio constitui uma grave falta de respeito para com o Senhor de toda palavra. Comprometer-se por juramento a praticar uma obra má contrário à santidade do nome divino.

P.85.16 Terra prometida

§1222 Finalmente, o Batismo é prefigurado na travessia do Jordão, pela qual o povo de Deus recebe o dom da terra prometida à descendência de Abraão, imagem da vida eterna. A promessa desta herança bem-aventurada realiza-se na nova aliança.

 

 

 

Mãe e Virgem de Guadalupe interceda por nós, vigie-nos com os seus olhos maternos